Preocupação: Açude de Boqueirão está com menos de 52% de sua capacidade.

Atualizado às 16:59:00, por Roberto Solon .

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Construído há mais de 50 anos pelo DNOCS para matar a sede das populações de Campina Grande e mais 19 municípios do Compartimento da Borborema, o açude Epitácio Pessoa em Boqueirão, está cada vez muna situação crítica e já está com 52% de sua total capacidade de armazenamento. De acordo com a última leitura feita pela Agência Executiva de Gestão das Águas (AESA), o manancial atingiu os 52,8% de sua capacidade que é de 217.253.778 milhões de metros cúbicos.

De acordo com o engenheiro da AESA Isnaldo Cândido Boqueirão está perdendo 1,5 centímetros de água por dia, sendo que em dias quentes, chega a perder até 2 centímetros. O manancial é a principal fonte de abastecimento de 1 milhão de paraibanos, e o risco de colapso no sistema de abastecimento já preocupa.

Um estudo feito pelo pesquisador Janiro Costa, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG prevê que cerca de 1 milhão de pessoas podem ficar sem abastecimento de água a partir de 2014 no estado.

Segundo o pesquisador Janiro Costa Rêgo, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), a falta de controle entre a demanda e a oferta de água deve provocar o colapso do açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão, no Agreste paraibano.

Segundo o coordenador do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) no estado, Solon Alves Diniz, foi determinada a partir do mês de abril a suspensão da irrigação com água do açude de Boqueirão. "O prazo limite para os irrigantes é no fim do mês. Se não houver uma recarga significativa com chuvas frequentes, continuará suspensa", afirmou.

O reservatório construído pelo Dnocs possui capacidade de 411 milhões de metros cúbicos de água, estando atualmente com menos de 52% de seu volume, segundo a AESA.

Conforme a pesquisa da UFCG, o consumo da água do açude é bem superior à sua capacidade, viabilizando assim uma situação de possível racionamento do abastecimento até o fim deste ano e um colapso a partir de 2014. A Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) atualmente retira 1,3 metros cúbicos de água por segundo do manancial, enquanto a irrigação retira cerca de 0,95 metros cúbicos por segundo, conforme levantamento da UFCG.

Assoreamento - O assoreamento de mananciais como o Rio Taperoá e o Rio Paraíba, que são afluentes do Açude de Boqueirão, tem provocado uma série de problemas ao reservatório que abastece 18 municípios e sete distritos do Compartimento da Borborema.

Por causa das dificuldades enfrentadas por estes rios, o açude deixa de receber água e, consequentemente, o abastecimento das cidades atendidas por ele fica prejudicado, especialmente em períodos de seca, como vem ocorrendo nos últimos meses, devido à falta de chuvas regulares.

Desde que entrou em funcionamento, em 1956, até os dias atuais, o Açude de Boqueirão perdeu 23,2% da sua capacidade de acúmulo de água.

Conforme informações repassadas pelo engenheiro chefe do serviço técnico do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS), Francisco Mariano da Silva, o Açude de Boqueirão foi projetado para acumular 536 milhões de metros cúbicos de água, mas, atualmente, o volume máximo chega a 411.686.287 metros cúbicos, uma diferença de 124.313.713 metros cúbicos de água, quantidade suficiente para abastecer uma cidade com 200 mil habitantes durante um ano.


PB Agora

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